quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Conteúdo da prova de cultura do RN

O donatário
            Na divisão do Brasil em Capitanias Hereditárias, o Rio Grande (do Norte) ficou sob a responsabilidade do donatário João de Barros que se uniu a Aires da Cunha para, juntos, tentarem colonizar a Capitania.
            Duas expedições tentaram, em épocas diferentes, colonizar a Capitania do Rio Grande (do Norte). A primeira, comandada por Aires da Cunha em companhia dos filhos de João de Barros, e a segunda, só pelos filhos de João de Barros.
            Essas expedições não conseguiram formar um núcleo de colonização, porque foram combatidas pelos índios e franceses.
Primeiros habitantes
            Quando as explicações colonizadoras chegaram à Capitania do Rio Grande (do Norte) encontrara-na  habitada por duas nações indígenas: Tupi e Cariri.
            No litoral viviam os Potiguar, índios que faziam parte da Nação Tupi. Estes impediram que os portugueses desembarcassem em nossas terás.
No interior viviam os índios Janduí e Paiacu, que pertenciam à Nação Cariri.
Governo Geral
            A colonização estava sendo difícil na maioria das Capitanias Hereditárias e não somente na Capitania do Rio Grande (do Norte). Os índios resistiam.
            Em 1549, tentando resolver este problema, o Rei de Portugal, D. João III, escolheu a Capitania da Bahia para administrar as demais capitanias do Brasil, centralizando a administração em um Governo Geral. Esse governo teria de auxiliar a proteger todas as capitanias quando elas fossem ameaçadas por outros povos ou atacados pelos índios.
            Quando implantou-se o sistema de Governo Geral, a Capitania do Rio Grande (do Norte) estava invadida pelos franceses que haviam formado estações de escambo em Baía Formosa, Extremoz, Genipau e Rio Pontegi.
            Sabendo disso, o Rei Feliipe II (Rei de Espanha e Portugal) ordenou ao 7º Governandor Geral, D. Francisco de Souza que expulsasse os franceses e colonizasse a Capitania do Rio Grande (do Norte), para evitar novas invasões.
            D. Francisco de Souza mandou que Manuel de Mascarenhas Homem(Captão Mor de Pernambuco) e Feliciano Coelho de Carvalho (da Paraíba) expulsassem os franceses.


Fortaleza dos Reis Magos
            Em 1597, os franceses são expulsos. Os portugueses começaram a construir uma base militar sob a orientação do jesuíta Gaspar de Samperes. Essa base teve início em 6 de Janeiro de 1598 e recebeu o nome de Fortaleza dos Reis Magos.
            Concluída em Junho de 1598, a Fortaleza dos Reis Magos passou a ser sede administrativa do Governo da Capitania. Em 1630, após reforçada a sua construção, foi considerada a melhor fortaleza de todo o litoral brasileiro.

Cidade dos Reis
            A Fortaleza dos Reis Magos, por ser uma Base militar, represenava a defesa da Capitania. Por esse motivo, os colonos, buscando proteger-se contra ataques de índios e de outros povos, foram construindo suas casas próximo à fortaleza, surgindo assim o primeiro povoado de brancos, chamado Cidade dos Reis. Neste local construíram a Capela de Nossa Senhora do Patrocínio.
Tratado de paz
            Após sere expulsos do litoral, os índios Potiguar iam penetrando no interior da Capitania, onde já existiam as tribos dos Cariri.
            Então, os Potiguar e os Cariri começaram a lutar pelo mesmo espaço.
            Recuando, os índios Potiguar voltaram ao litoral e começaram a atacar os povoados dos colonos brancos, buscando recuperar suas terras.
            Para acalmar os índios, os Jesuítas Gaspar de Samperes e Francisco Pino passaram a visitar as tribos e , em 11 de Junho de 1599, na Cidade de Filipéia (PB), conseguiram um acordo de paz.
Cidade do Natal
            Depois do tratado de paz realizado entre índios e brancos, os colonizadores portugueses decidiram procurar um lugar mais adequado para construir suas casas.
            Distanciando-se da Fortaleza dos Reis Magos, construíra uma capela, hoje a antiga Matriz da Cidade Alta, e, junto com sua inauguração, no dia 25 de dezembro de 1599, fundaram Natal.
Sesmarias
            Alguns historiadores atribuem a fundação de Natal a Jeronônimo de Albuquerque. Outros, a Mascarenhas Homem ou ainda, a João Rodrigues Colaço.
            Após a fundação de Natal, João Rodrigues Colaço assumiu a administração da Capitania. Sua primeira atitude foi desenvolver a agricultura, doando sesmarias aos colonos que não possuíam terras.
            Para cultivar a terra e dinamizar a agricultura, era necessário mão-de-obra. Não conseguindo escravizar o índio, João Rodrigues Colaço mandou buscar escravos em Guiné na África.
Formação étnica
            A sociedade da Capitania do Rio Grande (do Norte) continuava a se transformar. Já não era genuinamente indígena; também não era uma sociedade apenas de colonos brancos.
            Com a chegada do negro, que tornou-se escravo, a nossa sociedade passou a possuir três raças:o índio nativo, o colono branco e o negro africano.
            Com a miscigenação, essas raças começara a assimilar costumes e características umas das outras. As raças e a sociedade foram se transformando.
O trabalho na capitania
            Quando o branco aqui, já encontrou o índio pescando, caçando e cuidando de suas lavouras de mandioca, milho e fumo. As terras e suas riquezas pertenciam aos índios.
            O branco passou a plantar novas culturas como a da cana-de-açúcar e do algodão. Está última, uma decorrência da pecuária. Com isso, o comércio se desenvolveu.
            O comércio da cana-de-açúcar, rapadura, sal, aguardente, carne seca e do gado passou a ser realizado com Pernambuco e Paraíba.

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